Saúde
A parte do cérebro que decorava números de telefone ainda está aí.

Ela também fazia contas de cabeça, traçava caminhos sem GPS, lembrava receitas de cor, somava preços sem abrir a calculadora. Hoje, com tantas facilidades, o que será que ela anda fazendo?
A pergunta pode parecer leve, mas tem uma base neurocientífica importante.
O nosso cérebro foi moldado ao longo de milênios por tarefas que exigiam esforço mental real: atenção, memorização, comparação, planejamento, imaginação. Só que, nos últimos anos, esse cenário mudou drasticamente.
A era digital nos oferece um entretenimento constante, rápido e passivo; isso tem impactos diretos no funcionamento da mente.
Segundo pesquisadores da Universidade de Stanford, o consumo excessivo de conteúdo fragmentado e a multitarefa digital estão associados à redução da capacidade de foco, menor retenção de informações e maior distração. Já estudos de neuroimagem mostram que, quando o cérebro é pouco desafiado, ele cria menos conexões sinápticas, ou seja, ele se adapta à inatividade.
Mas nem tudo é sobre “desconectar”.
Redes sociais, quando usadas com intenção, também podem ser espaço de aprendizado, descoberta, trocas e novas conexões.
O ponto não é sair, é saber como e por que estar.
Entretenimento tem seu valor.
Mas para manter o cérebro ativo, também precisamos variar os estímulos:
- Ler com mais profundidade
- Aprender algo novo
- Criar: escrever, desenhar, cozinhar, dançar
- Resolver desafios que exijam raciocínio
- Memorizar, planejar, imaginar
- Deixar a mente vagar sem estímulo externo o tempo todo
O cérebro é plástico, ele se reorganiza.
Mas só cresce quando é provocado com presença e intenção.
A pergunta não é “quanto tempo você passa online”.
O que esse tempo está construindo dentro de você?
O cuidado com a mente não precisa ser difícil.
Só precisa ser consciente.
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